quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

SOPA perde força no congresso após protesto virtual

Após o blackout que tirou vários sites do ar em protesto contra o SOPA (Stop Online Piracy Act) nesta quarta-feira (18/01), vários congressistas americanos retiraram o apoio ao projeto. Entre eles, estão os senadores Marco Rubio, da Flórida, e Roy Blunt, do Missouri, dois dos propositores do projeto de lei.

As propostas seriam examinadas pelo Senado na próxima semana, mas o presidente da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados), o republicano John Boehner, reconheceu que “falta consenso” nesse momento para seguir com a discussão.

Sites como a Wikipedia, o Wordpress, o Wired, a Fundação Mozilla e o Internet Archive suspenderam seus serviços no dia do blackout e deixaram mensagens de protesto. O Google, que também repudia publicamente o SOPA, não chegou a sair do ar, mas deixou o link "Diga ao Congresso: Por favor, não censure a internet!" na sua página inicial. A repercussão negativa do projeto foi tão grande que até mesmo a Casa Branca emitiu um comunicado criticando as propostas.

Conforme a BBC, o presidente da Motion Picture Association of America (MPAA), Chris Dodd, classificou o protesto como "irresponsável". "Empresas de tecnologia estão recorrendo a manobras que punem seus usuários para transformá-los em seus peões corporativos, ao invés de vir para a mesa a fim de encontrar soluções para um problema que todos agora parecem concordar que é real e muito prejudicial", contestou.

Analistas dizem que o "apagão" desta quarta é o primeiro grande teste das empresas do Vale do Silício em uma batalha contra a indústria de mídia e entretenimento. Já o senador Patrick J. Leahy, autor de projetos de proteção de direitos autorais na web, acusou os opositores do SOPA de tentarem "criar um clima de medo" ao realizar o “apagão”.

O SOPA, com o objetivo de proteger a propriedade intelectual e combater a pirataria online, propõe penas de até cinco anos de cadeia para pessoas que sejam condenadas por compartilhar material pirateado dez ou mais vezes ao longo de seis meses. O projeto sofre críticas no mundo inteiro por permitir que qualquer site seja fechado a pedido do governo americano, por exemplo, apenas por manter laços com algum outro site suspeito.

1 comentários:

Cristiano disse...

Você que fez o noticiario ? si foi, responda '-', muito bom

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